sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

O amor em tempos de World Wide Web

Conheceram-se num chat. “Lindinha fofa” e “Cara-Legal”. Conversaram despretensiosamente durante alguns minutos. Trivialidades: signo, time do coração, música favorita, o que gostavam de fazer nas horas vagas, provedor de banda larga predileto...

Concluíram que eram perfeitos um para o outro. Se apaixonaram. Começaram a namorar ali mesmo.

Só que o pobre rapaz, cego de paixão, mudou o status no “Orkut” de “solteiro” para “namorando”. Ela ficou ofendida, dizendo que ele era possessivo, e que só tinha lhe pedido em namoro para se exibir para os amigos. Se considerava uma moça discreta, e não gostava destes gestos de ostentação.

Mas a coisa desandou mesmo quando ela, magoada, “twitou” dizendo “Os homens são todos iguais #ficadica”, o que deixou o rapaz profundamente chateado. Como resposta, ele fez um post maldoso em seu blog afirmando que tinha conhecido uma garota bacana, mas que estava desiludido pois ela aparentemente “se achava a pessoa mais incrível do mundo”, o que segundo ele era contraditório, já que nem no “Beautiful People” ela tinha sido aceita. Esta foi a gota d’água no relacionamento, que acabou ali mesmo.

Excluíram-se no MSN e juraram nunca mais conversarem. Mesmo assim, vez por outra, ainda visitam em segredo o “Fotolog” um do outro aos suspiros, enquanto atualizam seus “Last.FM” com os mais extravagantes exemplares de músicas românticas que existem por aí.

Há quem diga ainda que ambos vivem trocando perguntas anônimas no “Formspring”, só para saber como anda a vida um do outro. Mas isso é só boato.